29 maio 2010

Um bate papo criativo

Fuma, fuma, fuma folha de bananeira, fuma na boa só de brincadeira. (Armandinho) Não moçada, não estou fazendo apologia ao uso de drogas. (Não me prostituí a esse tipo de campanha, nem vou). Só que isso é muito brincado no mundo criativo. Calma, vou explicar. Seguinte, os criativos procuram seus insights, (sabe aquela fontesinha de ideia, que você precisa de toda aquela inspiração legal para sair um job bem feito?) Então, certo dia, criamos algo bem legal na agência que envolvia um bom texto e uma boa ilustração, e recebemos um comentário no blog que dizia algo assim para a redatora: Essa menina fuma na hora do trabalho, não é possível. Sabe, nós rimos tanto e, ao mesmo tempo, isso foi empolgante. Extasiadas com o resultado. Por quê? Oras, porque conseguimos bons resultados sem precisar disso. (Tudo bem que agente escuta coisas tipo Armandinho durante o trabalho). Sabe o que eu quero dizer com toda essa babozeira? Criative-se, respire ar puro, saia um pouco do google, vá ler um livro, ver um carro passar na rua, escute um reggae ou qualquer coisa que te ajude em um insight. Lembre-se daquelas aulas (chatas) da faculdade, e crie sem vergonha (uma pausa para a homenagem ao PSV). Deixem te chamar de chapado, deixem que falem que você deve andar com uns fumos aí. Crie algo legal. Surpreenda e respire bons resultados com muita saúde e comemoração.

06 maio 2010

Percy Jackson e seu Fusca Herbie

Percy Jackson é um garoto nada comum. Em um dia de escola como todos os outros, coisas estranhas aconteciam. Ele sabia que não fazia parte daquele mundo. Seria louco? Talvez sim, pensava. Seus melhores amigos certamente eram: a piscina do quintal, a banheira de sua suíte e o bebedouro da cozinha. A água lhe fazia muito bem. No dia em que completaria sua maioridade, ganhou um presente surpreendente de sua mãe. Seu primeiro carro, um Fusca ano 89. Chegou a seu colégio naquele dia com a autoridade que desejou sua vida toda. O dia estava perfeito! No final do turno escolar, o susto. Onde estava o Fusca que ele apelidara de Herbie? Foi no mesmo instante tirar satisfações com o grupo rival do colégio, aquela turma que o importunava tanto que ele não suportava nem passar sequer pelo mesmo corredor. E no meio de toda a confusão, eis que surge Herbie, indo a sua direção, sozinho. Sozinho? Sozinho. Pois é, sumiu porque foi passear. Sem muito pensar, Percy, cuja identidade verdadeira era um mistério, entrou no carro e logo já estava em sua casa, sem ao menos dirigir. Que maluquice era aquela? Coisas de Lúcifer? Mas era divertido ver a cara dos trouxas da outra turma, morrendo de medo do tal carro estranho. O dia prometia muitas outras surpresas para Percy, afinal estava completando sua maioridade. Já era um homem. A verdade de sua identidade veio à tona como uma cascata de água quente que queimava seu corpo, misturando todas as suas sensações, sentimentos e desejos. O coração acelerava e sentia o pulmão vazio - ele descobrira que era um semideus, filho de Poseidon, deus dos mares, e de mãe humana. Ele agora tinha uma missão em sua vida, que não era mais frequentar aquele colégio chato nem cursar uma universidade. Ele teria que ir a um lugar onde muitas pessoas desacreditam de sua existência. Iria ao Limbo. Seu dever era continuar o trabalho que seu pai havia começado, mas nunca conseguiu concluir. Por motivos que todos desconhecem, essa missão estava incompleta. O Step do Fusca tinha poderes mágicos e deveria ser colocado ao desmanche negro do Limbo, se isso não fosse feito a vida no oceano nunca mais seria a mesma. O tempo era curto e Percy precisaria correr. Percy e Herbie atravessaram o Portal que ficava nos fundos de um prédio abandonado e partiram em direção ao Limbo. Quanto mais desciam, mais quente e escuro era. Aquele lugar tinha um cheiro insuportável e os gritos que eram ouvidos vinham do vazio Quando menos esperavam, um dos pneus dianteiros de Herbie estava furado. O que iriam fazer agora? Só havia um Step, e esse não poderiam usar. Percy juntou todas as suas forças, até aquelas que nunca imaginava ter na vida e empurrou sozinho Herbie, enquanto o carro dirigia. Eles chegaram ao castelo de Lúcifer e estavam bem próximos de iniciar a batalha. E era ali, naquela porta gigante, luxuosa e sombria que a missão se completaria. Percy deveria entrar sozinho, enfrentar Lúcifer com todas as suas forças e colocar o Step mágico no lugar exato para assim, salvar a vida no oceano. A batalha começou. Percy era fraco demais para suportar Lúcifer, já havia desmaiado e perdido todas as suas forças, quando de repente lembrou que levava no bolso do seu casaco um IPod. Colocou então para tocar o Rebolation e nem Lúcifer suportou tanto lixo. O Step mágico foi colocado no desmanche negro. A vida no oceano agora estava salva. Percy ganhou um presente do Step por demonstrar tanta coragem e inteligência nessa batalha triunfal. Quando saiu do castelo do Limbo, Herbie agora estava com pneus novinhos, e assim voltaram para o mundo normal. Percy vibrava com tanto poder, mas, em seu egocentrismo, sabia voltar ao Limbo, e já que ele estava vazio, em sua cabeça pensamentos maliciosos surgiam. Estaria ele disposto a trair o seu mundo e seu pai? Mesmo sendo um semideus? Estaria ele disposto a ser o substituto do trono de Lúcifer?

Essa crônica foi escrita para o desafio do PSV Site Crônicas. Sendo como tema do mês de maio, "Deu a louca no cinema".

Deixo os créditos à Rafaella pela revisão e abraços ao Alessandro Ribeiro, um amigo e redator publicitário que sempre me ajuda com dicas e sinceridade.

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